Ela é co-agenciada por Scooter Braun e tem parcerias com Diplo e will.i.am. Pela primeira vez, ela também está fazendo suas próprias coisas.
Desde os 14 anos, CL foi preparada para a arte do estrelato. Isso é, quando a cantora e rapper sul-coreana nascida Lee Chae-rin assinou com a gigante YG Entertainment, onde ela prosperou como uma integrante do grupo de K-Pop, 2NE1. Mas, em Los Angeles, onde ela tem trabalhado para lançar sua carreira solo com um álbum em inglês, CL está longe do ninho e voando sob o radar, pela primeira vez. “Eu realmente não estou acostumada a caminhar por aí”, ela me diz. “Eu fui a um show do Usher, e me senti tão estranha, porque ninguém estava cuidando de mim. Fui com Diplo, mas eu me perdi. Eu estava procurando ele por uma hora, mas não consegui encontrá-lo. Todos ao meu redor foram me empurrando, me perguntando se eu sou japonesa, chinesa, foi incrível”. Pelo menos por enquanto, a América oferece a CL a emoção de sentir-se como uma pessoa não-famosa.
Além de PSY, com seu hit viral inesperado “Gangnam Style”, ninguém do mundo dos sonhos technicolor do K-Pop foi capaz de atravessar para os Estados Unidos. Mas CL é uma forte concorrente. Metade rapper e metade cantora, ela é linda, talentosa, swaggy, e fluente em inglês, devido a uma juventude passada em escolas internacionais. Ela tem grandes apoiadores também: ela foi gravar com Skrillex, Diplo e will.i.am, e sua carreira está sendo co-agenciada pela YG e por Scooter Braun, o empresário que lançou Justin Bieber e Carly Rae Jepsen. Qual foi o conselho de Braun para navegar no clima complicado do pop? “Seja uma boss ass bitch”, diz CL. “Eu tenho mais liberdade com Scooter”.
Em um país que prefere suas celebridades um pouco desequilibradas, e onde o blunt smoking #NoFilter de Rihanna é o padrão de ouro atual, CL parece entender que ela pode precisar desaprender um pouco essa imagem polida, se ela quiser conquistar novos fãs. Apesar de muitas vezes ela falar como uma mulher que foi treinada para a mídia desde a infância – repetindo frases genéricas em coletivas de imprensa, como “me expressar”, “meu verdadeiro eu”, e “mais pessoal” – há indícios de uma ferocidade debaixo desse brilho polido e ela teria sabedoria para explorá-la. “Eu não quero uma imagem de ‘boazinha’. Eu não sou uma garota asiática padrão”, diz ela, definitivamente. “Eu penso muito sobre isso: ainda não há sequer uma estrela pop asiática que tenha feito isso.”
Seu álbum solo ainda não tem um título ou uma data de lançamento, mas CL parece satisfeita em descobrir as coisas enquanto isso. “Na Coreia, eu estou sempre em estúdio com pessoas da YG“, diz ela. “Eu receberia uma canção, e a ajustaria. Mas aqui, eu escrevo completamente sozinha. A última vez que gravei em casa eu convidei meus amigos, para ser um pouco mais natural. Estou com um sentimento artístico.”
Embora ela nunca critique a forma como a YG a agencia – rumores alegam que eles são tão protetores que ela não tem permissão para ter um namorado – ela cautelosamente deixa transparecer que está determinada a deixar sua marca sem se preocupar com o que os poderosos tem a dizer. “Há essa música que eu tenho trabalhado e que toda a equipe de produção odeia – meu empresário vai me matar por estar dizendo isso – mas é por isso que eu estou animada”, diz ela. “Eu amo o que as pessoas acham que é difícil.” É este um sinal de que ela está começando a se rebelar, a fazer músicas que agradem a ela em vez de agradar a gravadora corporativa? “Algumas pessoas querem me dizer o que é certo para mim, e eu tenho que defender o que penso o tempo todo”, diz ela, antes de engolir suas palavras e parar a si mesma. “Não, eu não quero me rebelar. Estou sempre aberta a ouvir. E depois nos comprometer.”
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Fonte: THE FADER